domingo, 9 de outubro de 2011

Epicurismo


Epicurismo – o prazer como missão!


Os gregos antigos estavam habituados a fazer uma série de especulações místicas e filosóficas a respeito da morte. No campo supersticioso, a vontade dos deuses e os caprichos do destino permeavam explicações para o fim da vida.
Para os epicuristas, simplesmente não faz sentido se preocupar com ela. Acompanhe, leitor, o raciocínio: quando um ser humano existe, a morte não existe para ele. Quando ela existe, ele é que não existe mais. Assim, nós nunca nos encontramos com nossa morte – nossa existência nunca se dá ao mesmo tempo da existência dela. Logo, ocupemos nossas mentes com a vida e desfrutemos dela.
E qual é o maior bem que podemos usufruir? O prazer. Ah, o prazer! Mas, calma lá. A noção de prazer, no epicurismo, é extremamente refinada. Não se trata de uma busca desenfreada pela fruição do momento presente.  Para vivenciar esse prazer, é fundamental evitar a dor, como ensina o quarto remédio de Diógenes.
O papel da filosofia, para Epicuro, é bem claro: cuidar da saúde da alma. Assim como a medicina precisa se ocupar dos males do corpo, a filosofia só tem valor se cuidar dos da alma, longe de consistir num discurso vazio e abstrato.
O discípulo Diógenes resumiu a sabedoria do mestre em quatro “remédios” de cunho bem prático: 1) Os deuses não devem ser temidos; 2) A morte não deve amedrontar; 3) O bem é fácil de ser obtido; 4) E o mal, fácil de suportar.
Um dos valores defendidos pelos epicuristas é a amizade. O sábio, compreendido somente por outro sábio, vive melhor longe da multidão e da confusão da cidade, mas nem por isso deve seguir solitário: Epicuro considerava a amizade uma grande felicidade e repreendia os que pretendiam passar a vida sem ela.
Aliás, a própria escola, fundada em 306 a.C., era um espaço de convivência entre amigos. “Na Grécia Antiga, as escolas eram bem diferentes das de hoje”, explica Marco Zingano, professor do departamento de Filosofia da USP. “Lá, as pessoas viviam, dormiam, conversavam. Era um verdadeiro espaço de convivência.”
Diferentemente de outras escolas, a de Epicuro ficava em um lugar afastado na cidade, funcionando como um calmo retiro, como convinha aos ensinamentos da doutrina. Como a escola situava-se em um grande jardim, os discípulos, na época, ficaram conhecidos como “Filósofos do Jardim”.



Para responder:
1-      Conforme o texto, explique qual é o papel da filosofia para os Epicuristas.
2-      Epicuro defende uma ideia de prazer refinada, não se trata de uma busca desenfreada pela fruição do momento presente. Que relação você faz deste pensamento sobre o prazer defendido por Epicuro há 300 a.C., e com a noção de prazer tão propagandeado na mídia e na forma que entendemos nos dias atuais?
3-      O conceito de amizade vivido pelos “Filósofos do Jardim” nos remete a pensarmos nas relações de amizades que cultivamos na escola. Que elementos essa experiência proposta por Epicuro seriam importantes para nós?
4-       Preencha a cruzadinha de acordo com as dicas abaixo:








1. - É a indiferença em relação a tudo o que nos rodeia, a tudo o que existe
2. - Fundador do epicurismo
3. - Para os epicuristas simplesmente não faz sentido se preocupar com a ________.
4. - Corrente filosófica que pregava a indiferença em relação aos prazeres ou sofrimentos.
5. - Os deuses não devem ser ____.
6. – discípulo do epicurismo
7. - Criador do Estoicismo.

* Adaptação do texto de Liliane Prata do site do UOL.

domingo, 28 de junho de 2009